Existem protocolos vacinais que preconizam a aplicação de imunizantes no momento do desmame. Porém, sabe-se que o desmame é um momento desafiador para os leitões e, consequentemente, causa alterações fisiológicas significativas. Nesse sentido, percebe-se que faltam estudos objetivando avaliar como as alterações fisiológicas desencadeadas pelo desmame podem alterar a resposta vacinal, ou como a resposta vacinal associada às mudanças causadas pelo desmame podem alterar o desempenho dos animais nos primeiros dias pós-desmame.

Neste trabalho, objetiva-se avaliar os efeitos da vacinação em dias anteriores ao desmame, no dia do desmame e em dias posteriores ao desmame sobre a resposta imunológica e desempenho de leitões recém-desmamados.

O período pós desmame é considerado um dos mais críticos e desafiadores, pois os leitões são submetidos a diferentes fontes de estresse. Durante este período, os animais são geralmente expostos a estressores ambientais, sociais e psicológicos que têm efeitos diretos ou indiretos no comportamento, saúde intestinal e desempenho geral. Como consequência, o consumo de ração é geralmente reduzido após o desmame, levando a diminuição da taxa de crescimento. Além disso, uma grande parcela de leitões permanece em períodos prolongados com um baixo consumo de ração, podendo impactar negativamente a saúde geral destes. 

Diante disso, a principal hipótese do trabalho é que diferentes estratégias de desmame podem reduzir o estresse, estimular o consumo de ração no período pós desmame e consequentemente promover melhor desempenho e saúde intestinal na fase de creche em comparação ao desmame convencional.

Objetiva-se então avaliar o efeito de diferentes estratégias de desmame sob as variáveis de comportamento, desempenho e saúde intestinal de leitões no período pós desmame.

A desidratação tem por definição a baixa concentração não só de água mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no organismo. Este estado fisiológico pode ser comum no pós-desmame, pois, os animais passam a receber uma dieta mais sólida, mesmo quando ofertada a papinha, e devido ao estresse provocado pelo desmame apresentam baixo estímulo ao consumo de ração. Além disso, um fator que contribui significativamente para este fenômeno é a incidência de diarreia que comumente ocorre nesse período. Os animais nas primeiras 24 horas pós-desmame apresentam maior incidência de ingestão de água em detrimento ao consumo de ração, entretanto, somente consumo de água não garante a hidratação completa. O resultado da combinação desses fatores se traduz em uma forte queda de desempenho na primeira semana pós-desmame em relação ao período pré-desmame. Diante disso, objetiva-se desenvolver uma solução hidrante de baixo custo visando reduzir a desidratação e incidência de diarreia em animais recém-desmamados e, consequentemente, melhorar o desempenho dos leitões na primeira semana pós-desmame.

A uniformização é uma prática amplamente utilizada nas granjas e consiste na transferência de leitões para equalizar o tamanho da leitegada de acordo com o peso ao nascer, visando reduzir os impactos da variabilidade do peso ao nascer na ingestão adequada de colostro, na redução da mortalidade pré-desmame, e no crescimento dos leitões. Embora essa prática seja recomendada ser realizada entre 6 e 24h após o parto, período em que a maioria dos leitões ainda não definiu os tetos, a uniformização tardia ao longo do período de lactação é uma prática comum no dia a dia das granjas, visando a diminuição na variação de peso entre as leitegadas.

Apesar de ser sugerido que a uniformização tardia pode ter efeitos prejudiciais no crescimento e comportamento de porcas e leitões na maternidade, o reflexo de diferentes manejos de uniformização tardia no desempenho dos leitões na maternidade e pós desmame ainda precisam ser mais explorados.

Dessa maneira, objetiva-se com este trabalho avaliar os impactos de diferentes protocolos de uniformização tardia e seus efeitos nos leitões durante a maternidade e imediatamente após o desmame. 

A água é o nutriente mais consumido pelos animais, tendo impacto significativo sobre várias funções fisiológicas, as quais estão relacionadas ao desenvolvimento do trato gastrointestinal e ao desempenho produtivo dos suínos. Entretanto, poucas pesquisas têm sido executadas com o intuito de explorar parâmetros referentes às condições organolépticas e o modo de oferta da água, como a temperatura e vazão do bebedouro. Frente a estes conhecimentos, foi levantada a hipótese de que a água de bebida com maiores temperaturas e uma menor vazão tem a capacidade de modular positivamente o desempenho de leitões após o desmame. Sendo assim, o objetivo deste estudo é determinar os impactos de diferentes temperaturas de água e da vazão do bebedouro durante a fase de creche no desempenho de leitões.

 A principal forma de transferência da imunidade passiva da porca para os leitões é através do colostro e, a medida que as horas após o início do parto vão passando, a quantidade de imunoglobulinas e citocinas presentes no colostro vão diminuindo, além disso a própria qualidade nutricional é alterada. De qualquer forma, destaca-se que até o terceiro dia pós-parto o leite ainda apresenta um valor nutricional diferenciado dos demais dias de lactação. Porém, é preconizado que apenas nas primeiras 24 horas pós-parto que o consumo de colostro por parte dos leitões deve ser garantido. Diante disso, objetiva-se com esse trabalho avaliar o efeito de protocolos que garantam a mamada contínua de colostro após as primeiras 24 horas.

A mimetização da vocalização da fêmea proporciona um bem-estar aos animais desmamados, incentiva o hábito de consumo, contudo melhora o desempenho e saúde intestinal de leitões no período pós desmame. O objetivo do trabalho é avaliar o efeito da mimetização da vocalização das fêmeas suínas no comportamento de visita ao comedouro e consumo de ração na primeira semana pós-desmame e seu efeito no desempenho na fase de creche.